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1º Congresso Nacional de Dança do Ventre


Grande evento cultural para amantes da Dança do ventre! Mestres e Orientadores Convidados: Elca Rodrigues (RJ) Dr.ª Elizabeth Ayoub (RJ) Andrea Costa (RJ) Carlos Dias (RJ) Cláudia Moppe (RJ) Chris Ribeiro (RJ) Hozuhni, “(EUA) Jhade Sharif (RJ) Jaffer Raga (RJ) Luciana Midlej (RJ) Marcia Gaia (RJ) Melinda James (RJ) Mercedes Chavaria (RJ) Najma Nahid (RJ) Nayla Zafira (RJ) Nelly Stockler (RJ) Paulo Razek (SP) Ranah (RJ) Rodrigo Assumpção(RJ) Samra Sanches(RJ) Vitor Cazé (RJ) Yasmim Anukit (RJ) Yasmim Rajal (RJ) Zuleica Castro (RJ) Marcela Tavares (RJ) Erika Nurhan (RJ) Isabela Lourenço (RJ) Vanessa Costa(RJ) Ályta Suhair (SP) Estela (SP)
Dança do Ventre e 1º Congresso ganham terceira página inteira do 1º Caderno do jornal Extra. 15/10/2006





DO ORIENTE PARA O MUNDO
15/10/2006

Por Paula Mairan

O sutil poder do ventre

Mulheres elevam a auto-estima com a sensual (e cada vez mais popular) dança árabe.


Contratada para dançar em uma festa de aniversário, a bailarina Elca Rodrigues sequer havia iniciado a sua apresentação quando o público já a recebeu com vaias. Não se fez de rogada. Evoluindo em movimentos sinuosos e serpenteantes por entre as mesas dos convidados, seguiu em frente, queixo erguido. Ao final, mereceu aplausos, um buquê de flores e pedidos de desculpas.

— Só então constatei o quanto ganhei em auto-estima. Devo isso à dança do ventre — revelou Elca, de 85 quilos e 40 anos, há 19 professora do gênero que, embora de origem africana, conquistou o mundo a partir de sua fama nos países árabes.

Congresso no Rio

Segura do poder de sedução de sua silhueta acima do peso — a despeito de estar em desacordo com o padrão estético em moda —, Elca é uma das cerca de 4.200 profissionais da dança em atividade no Rio de Janeiro. Estima-se que haja, por baixo, 40 mil praticantes no estado. O Clube Sírio e Libanês, em Botafogo, recebe hoje o 1º Congresso de Dança do Ventre, com 1.200 participantes de todo o país e do mundo.

Passado o modismo provocado pela novela “O clone”, Elca diz que a prática se tornou algo além de um gênero de dança: é um estilo de vida para mulheres que cultuam ao máximo a beleza e o poder peculiares à feminilidade.


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ORIGEM
15/10/2006

A origem
em torno de
uma fogueira

Há milhares de anos, mulheres africanas dançavam em torno de uma fogueira, movimentando mãos e quadris de modo a atrair o fogo. Acreditavam que o gestual contribuiria para a sua fecundidade. Aí estaria a origem dos principais movimentos do corpo na dança do ventre, que vem se tornando para muitas — mais do que uma representação artística — espécie de ritual religioso de devoção ao poder feminino.

— É uma dança que mexe tanto com a essência da mulher que muitas das praticantes acabam se tornando até seguidoras de religiões pagãs que resgatam o papel feminino sagrado na sociedade — explica a técnica de informática Andressa Pinheiro, de 34 anos, dançarina e estudiosa das origens da dança, ela própria seguidora de uma religião que elege como ser supremo uma deusa.

Sagrado ou vulgar

Mas há circunstâncias em que a dança — presente na cultura árabe e, com variações, na judaica, na egípcia e na grega — ainda é tida como vulgar.

— Entre muçulmanos, ao contrário do que se pensa, não costuma ser bem-vista a exposição da figura das chamadas moças de família — diz Elca.

Mas, para a professora, os gestos sensuais da dança do ventre, com suas vestes repletas de cor e brilho, representam o mito feminino:

— O objetivo não é seduzir no sentido da conquista sexual ou desafiar outras mulheres. Queremos é despertar neles e nelas o reconhecimento do devido valor da feminilidade.


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TERAPIA PARA CUIDAR DO CORPO E DA ALMA
15/10/2006


Quando “O clone”, de Glória Perez, estourou na TV, há cinco anos, as academias de dança do ventre mal davam conta de tamanha procura pelo novo modismo. Com o fim da novela, esvaziaram-se as turmas, que só agora recomeçam a crescer. Desta vez, por razões menos pueris. Mulheres têm buscado na dança a cura para doenças do corpo e do espírito.

— Cada vez mais, chegam alunas por recomendação de médicos. A dança interfere até no nosso ciclo hormonal. Resolve, por exemplo, problemas como a cólica menstrual e a prisão de ventre — afirma a professora Luciana Vasconcelos, de 32 anos.

Para ela, a dança funcionou como terapia emocional:

— Era rebelde, agressiva. A dança do ventre me permitiu enfrentar dificuldades internas.

Transformação

A dança oriental também transformou a vida da estudante de psicologia Rita Agra, de 37 anos, com 104 quilos:

— Tinha vergonha de mostrar o meu corpo. Com a dança, decidi muitas coisas, como parar de fumar. Mudei o meu jeito de vestir, até o tipo de sutiã. Aprendi a me amar como sou, a me sentir sensual, atraente, a despeito do peso. E como isso funciona! — conta Rita, agora convidada por amigas a repassar, em reuniões, como aprendeu a elevar a sua auto-estima por meio da dança do ventre.


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LUCIANA VASCONCELOS
15/10/2006

de 32 anos, professora

Parecia um homenzinho, de tão masculinizada. Era rebelde, quase delinqüente. Talvez porque tenha sido criada em uma família com muitos homens. Dança do ventre, para mim, era coisa para mulherzinha. Tive muita dificuldade no início. Teve a ver com os meus próprios tabus em relação a sentimentos e ao meu corpo. A dança me deu calma e fez brotar a minha feminilidade. Estou irreconhecível.

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